Migrar toda a equipe de Colaboradores para o trabalho remoto praticamente da noite para o dia, sem interrupção de nenhum dos serviços e operações, e sem data prevista para retorno. Foi esse o desafio imposto pela pandemia para a grande maioria das empresas do mundo inteiro, independentemente do seu tamanho ou tipo de negócio.
Hoje, quase todos são conectados de alguma forma, mas a gestão remota de operações e sistemas tão complexos como os nossos exigiu grande empenho e superação do nosso time, que trabalhou com incansável comprometimento e consciência diante da nossa responsabilidade junto a cerca de 26 mil famílias, que dependem de nós direta ou indiretamente.
Nada podia parar. E nada parou. Todas as folhas de pagamento foram processadas normalmente, sem um dia sequer de atraso, todos os Benefícios, Institutos e empréstimos foram concedidos dentro dos prazos, o atendimento não foi interrompido por nenhum canal, seja digital ou telefônico, e a nossa comunicação permanece atuante.
Para essa implantação tão tempestiva, foi fundamental estarmos preparados com o Plano de Continuidade de Negócios, já testado, e o Comitê de Gestão de Crise, previamente formado, que foi prontamente acionado. Implantamos um novo modelo de trabalho pautado pela colaboração, interatividade, com muito foco e união, e estamos descobrindo que esta crise também trouxe oportunidades de modernização e aperfeiçoamento. O isolamento social deu início a um grande desafio, que está acelerando a gestão digital e o desenvolvimento de tecnologias emergentes. Muitas mudanças vieram para ficar, portanto o “novo normal” já começou.
Nesse momento de crise, o sistema de previdência complementar está sendo um dos grandes protagonistas no País, dado o seu papel social enquanto garantidor do pagamento das rendas de aposentadoria, considerando-se, por exemplo, que somente no mês de abril foram fechadas 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada. O nosso setor hoje supera em solidez o dos Estados Unidos e do Reino
Unido, por exemplo, tendo fechado o ano passado com solvência superior a 100%.
A crise financeira impacta diretamente os ativos e passivos das Entidades, mas apesar da turbulência do mercado, tivemos resultados satisfatórios no período de crise, como pode ser verificado na coluna de investimentos desta edição e também no vídeo disponível no nosso Portal. A nossa gestão é conservadora, com a grande maioria dos nossos recursos aplicados em títulos do tesouro federal. Nossa carteira de investimentos faz sentido com as nossas obrigações, pois buscamos atingir a maior média possível no longo prazo, durante maior tempo possível. Isso pode ser conferido nos resultados acumulados dos exercícios anteriores, sempre superiores à inflação.
O mundo inteiro está vivendo um momento de muitas discussões em relação às medidas de confinamento e à retomada da atividade econômica, mas a verdade é que não existe solução simples. As curvas de contágio ainda são preocupantes, mas alguns setores estão sendo fortemente impactados, como o comércio, o turismo e a construção civil, e sabemos que virão tempos ainda muito difíceis. A pandemia mudou a dinâmica entre países, com fechamento de fronteiras e mudanças em acordos comerciais e, segundo a OMC, o comércio internacional pode sofrer uma queda de até 32% este ano, dependendo da duração da crise e da efetividade das políticas adotadas.
Ainda estamos no meio da turbulência e distantes fisicamente, mas unidos pelo nosso propósito comum que é resguardar o patrimônio que nos foi confiado, buscando rentabilidade, liquidez e, nesse momento, principalmente segurança.
Temos certeza de que vamos superar esse momento e sair da crise mais humanos e mais solidários. Agradecemos às nossas Patrocinadoras, aos Conselhos Deliberativo e Fiscal, ao Comitê de Auditoria, aos nossos Colaboradores e aos nossos Participantes e Assistidos por todo o apoio, empenho e confiança no cumprimento da nossa missão.
Boa leitura!
Fernando Pimentel
Diretor-Presidente