A edificação do regime de previdência complementar no Brasil está completando 40 anos. O País tem hoje o 10º maior sistema do mundo, com reservas equivalentes a 12% do PIB brasileiro e 307 entidades fechadas de previdência complementar, dentre as quais a Atlântico ocupa a 11ª posição. Entretanto, o número de pessoas que usufruem deste benefício representa somente cerca de 4% da população brasileira, o que é um contingente ainda muito modesto diante de nossas dimensões e necessidades, seja no âmbito econômico ou social.
O Brasil ocupa hoje a incômoda 56ª posição no ranking mundial dos melhores países para idosos. Esses dados evidenciam o quanto nós, Participantes ou Assistidos, somos privilegiados por dispormos de um benefício que vem mudando a qualidade de vida de brasileiros após a vida laborativa.
A nossa Fundação faz parte de um segmento que se relaciona com os seus participantes no longo prazo, atravessando inclusive gerações de uma mesma família, mas também é bastante dinâmico e precisa se manter aderente às mudanças e tendências, em especial as de ordem econômica e demográfica. Constatações e estudos por vezes nos levam a dados paradoxais que precisam ser cuidadosamente analisados, dado o horizonte de nossos compromissos.
No âmbito global, um retrato da dinamicidade demográfica são os estudos recentes publicados na revista Nature que derrubaram as conclusões sobre o teto de longevidade dos ultracentenários, em torno dos 115 anos. Segundo as novas pesquisas, não existe um limite obrigatório da duração máxima da vida humana e, mesmo que se assim fosse, este se situaria para além dos 120 anos.
Em contrapartida, a expectativa de vida dos americanos vem registrando ligeira queda desde 2015. Dados mais recentes mostram reduções contínuas das mortalidades projetadas, o que levou a redução das estimativas para a quantia devida aos aposentados em um total de mais de US$ 9,7 bilhões, somente nas pensões corporativas dos últimos 2 anos.
O nosso cenário no Brasil, entretanto, é hoje bem diferente. O País está atravessando talvez a maior crise econômica de sua história e buscando uma grande reforma na previdência social. Neste momento, o nosso segmento também enfrenta desafios para garantir os retornos necessários para cobrir compromissos futuros diante da queda dos juros nominais da economia brasileira.
Porém, os nossos Planos apresentaram bons resultados no primeiro semestre e superaram a meta atuarial, conforme vocês podem verificar com mais detalhes nesta edição.
Concluímos o primeiro semestre com 26.445 Participantes e Assistidos, concedemos 293 novos benefícios, uma folha de pagamentos de cerca de R$ 270 milhões. Concedemos 2.897 empréstimos, que totalizaram R$ 11,7 milhões e realizamos 49.596 atendimentos aos Participantes e Assistidos.
Devemos valorizar a previdência complementar como um instrumento imprescindível parte a nossa qualidade de vida no futuro. É, portanto, nosso dever enquanto Participantes e Assistidos, desempenhar o papel de multiplicadores desse benefício junto aos colaboradores das patrocinadoras que ainda não aderiram ao Plano.
Boa Leitura!
Fernando Pimentel
Diretor-Presidente
