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Tecnologia a favor da saúde

Entenda como as impressoras 3D estão revolucionando a medicina com a criação de próteses e implantes

Pensar em uma prótese significa lidar com altos custos e longos períodos de espera. O mesmo acontece com pessoas que precisam de transplantes de órgãos. Ao longo do tempo, esse tipo de necessidade desafiou profissionais da saúde a buscarem soluções mais práticas e efetivas. Foi neste contexto que, há 30 anos, estudos envolvendo o uso de impressoras 3D na medicina começaram a ser desenvolvidos. De lá para cá, muita coisa mudou e, atualmente, já é possível notar alguns resultados.

A impressão em 3D de próteses e órteses (dispositivo utilizado na imobilização de membros), por exemplo, já é uma realidade acessível para boa parte da população. A engenheira biomédica Maria Elizete Kunkel, coordenadora do Mao3D, um projeto dedicado à produção de próteses mecânicas de membros superiores para crianças, explica que essa tecnologia é possível a partir do uso de materiais plásticos moldáveis, como polímeros derivados de petróleo e milho. “Conforme o crescimento, eu imprimo a prótese de novo, porque o protótipo já está pronto, o que diminui os custos”, diz a pesquisadora.

Outras soluções, como implantes dentários e próteses cranianas, também podem ser produzidas pela impressora 3D. A UNICAMP desenvolve, há alguns anos, estudos sobre a produção de peças feitas de titânio. Com o uso dessa tecnologia, é possível desenvolver próteses personalizadas e que poderão ter o tamanho específico de cada paciente, o que facilita a adaptação e a recuperação.

Planos para o futuro

Janaina Dernowsek é fundadora e CEO do BioEdTech, startup que capacita profissionais na área da bioimpressão.

Ela conta que já é possível reconstruir camadas da córnea, da pele, do fígado, do tecido cardíaco, do pâncreas e da cartilagem, mas que “ainda não é possível reproduzir totalmente um órgão biológico”. O avanço nessa área depende, segundo a empreendedora, de aprimoramento tecnológico, biológico e de regulamentação.

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