Intolerância à lactose: entenda as causas, os sintomas e os tratamentos
Do café da manhã ao jantar, a dieta do brasileiro é rica em alimentos derivados do leite, como queijos, iogurtes, manteiga e requeijão. Mesmo tão comum no dia a dia das pessoas, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha aponta que 35% da população do país acima dos 16 anos apresenta algum grau de intolerância à lactose, o açúcar presente nos laticínios. O motivo é a deficiência na produção de uma enzima chamada lactase, responsável por quebrar a lactose em açúcares menores no intestino delgado.
A má digestão desse tipo de alimento pode causar sintomas como distensão abdominal, cólicas, diarreia e flatulência. Ricardo Barbuti, da diretoria da Comissão de Apoio e Atenção às Federadas da Federação Brasileira de Gastroenterologia, diz que é preciso ficar atento à dieta e fazer algumas mudanças na alimentação. Mas ele sugere que a restrição a leite e derivados não seja feita de forma muito intensa. “O leite é a nossa principal fonte de cálcio e das vitaminas B12 e B6 e, por isso, estimulamos que o paciente continue consumindo leite e derivados sem lactose”, explica o médico.
Tipos de intolerância à lactose
A deficiência na produção de lactase pelo organismo, chamada hipolactasia, tem três causas principais:-
Congênita: quando a criança nasce sem conseguir produzir a enzima digestiva.
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Primária: diminuição natural e progressiva na produção da lactase.
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Secundária: quando a produção da enzima é afetada por doenças intestinais, como as de Chron e Celíaca.
Intolerância é diferente de alergia
É importante lembrar que intolerância à lactose não é a mesma coisa que alergia ao leite. Enquanto a primeira é uma deficiência na produção da lactase, a segunda é uma reação imunológica às proteínas do leite. Ao ingerir o alimento, mesmo que em pouca quantidade, a pessoa alérgica tem uma resposta rápida que provoca alterações no intestino, no sistema respiratório e na pele.